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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Atalaia: compra de votos é descartada


Compra de votos é descartada em Atalaia



Parecer do juiz João Paulo Alexandre inocentou o prefeito eleito professor Mano, seu vice e vereadora eleita




Da redação 07 Dezembro de 2012 - 08:03


A situação política no município de Ata­laia, região do Vale do Paraíba alagoano, é de tensão. Os candidatos der­rotadas à prefeitura Zé do Pedrinho, e seu vice, Fer­nando Lyra – ambos do PSD –, além do próprio partido, representaram o prefeito eleito Professor Mano (PTB) por crime de compra de vo­tos. Além do vencedor nas urnas também são acusa­dos na ação o vice-prefeito eleito, o delegado de Polícia Élvio Brasil, e a vereadora eleita Michelle da Silva Ol­iveira (PTB), filha de Mano.
Zé do Pedrinho e Fer­nando Lyra solicitavam a cassação dos registros de candidatura de Mano, Élvio e Michelle, entretanto, após avaliar os autos, ouvir depoi­mentos de testemunhas e de­mais envolvidos, o juiz João Paulo Alexandre dos Santos entendeu como improceden­te a representação. A deci­são foi publicada na edição de ontem do Diário Eletrô­nico da Justiça Eleitoral e é o panorama de uma briga judicial que ainda vai longe.
O promotor Sóstenes Gaia está sendo acusado pela coligação de Mano, que por tabela é a do atual pre­feito Chico Vigário (PTB), de ter atuado parcialmente no pleito eleitoral deste ano, chegando até a representá-lo na Corregedoria do Ministé­rio Público Estadual.
Em recente entrevista à Tribuna, o promotor se defendeu das acusações e denunciou que em Atalaia aconteceram uma série de desmandos contra a legislação eleitoral este ano.
“O que houve em Atalaia nas eleições 2012, foi uma vergonha, a compra de voto foi exacerbada”, declarou o promotor acrescentando que as provas dos crimes são con­tundentes.
Sóstenes Gaia narrou a atuação, em específico de um dos cabos eleitorais da coli­gação vencedora na cidade. José Severo, pastor evangé­lico, que segundo os autos, dispõe de um cargo comissio­nado na Prefeitura de Ata­laia. O promotor salientou que os policiais militares Ge­nival Francisco dos Santos Júnior e Djacy Andrade dos Santos, que faziam a segu­rança dele no dia da eleição, perceberam a intensa mo­vimentação de Severo, nas imediações da escola pública do povoado Branca de Ata­laia.
O promotor conta que o pastor é um dos “mais ati­vos corruptores eleitorais daquela tarde”. O acusado foi monitorado durante uma hora pelos policiais milita­res, que o viram entregar R$ 50 ao condutor de um veículo Palio e, em seguida, entregar quantia não espe­cificada a uma senhora que saía do local de votação. Ao ser abordado pelos policiais, o pastor estava com R$ 1.010 em dinheiro e 76 santinhos de propaganda eleitoral dos candidatos Mano e Michelle.
O juiz João Paulo Ale­xandre descartou todas as provas apresentadas pelo promotor.

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