Candidato derrotado acusa Feijó de crime eleitoral
Em contrapartida, ele também entrou com Ação de Investigação Judicial Eleitoral
Erick Luisi 11 Janeiro de 2013 - 11:59
A coligação do então candidato a prefeito na eleição passada no município de Boca da Mata, Ricardo Jorge Tenório (PMDB), entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra o atual gestor do município, Gustavo Feijó (PDT). A ação foi publicada no Diário da Justiça Eleitoral, desta quinta-feira (10).
No texto, a acusação diz que Feijó e seu vice, Kléber Tenório, promoveram, durante o processo eleitoral na cidade, um alistamento de eleitores para conceder-lhes agendamentos de consultas e realização de exames médicos em Maceió, o que caracteriza uma possível compra de votos.
Segundo a acusação, a prática era feita por Alterlynne Barbosa da Silva, que seria cabo eleitoral da chapa de Feijó, e que tinha a função de organizar as idas dos eleitores de Boca da Mata à capital. O candidato a vereador Joubert era o proprietário do veículo que seria usado como transporte dos eleitores. Gravações em vídeo comprovariam o crime eleitoral.
Notificados da ação judicial, Feijó e vice apresentaram defesa, alegando a ilicitude da prova, uma vez que os vídeos foram captados sem o consentimento dos interlocutores.
Sem provas
Para o juiz eleitoral André Guasti Motta, não há provas suficientes para afirmar que os réus se valeram, direta ou indiretamente, do artifício de arregimento de eleitores.
Por fim, o juiz julgou como improcedente o pedido de Ricardo Jorge Tenório.
Por outro lado...
Em Boca da Mata ‘é toma lá, dá cá’. Ricardo Jorge entrou com uma ação, e em contrapartida, Gustavo Feijó também entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra a coligação derrotada por ele no pleito eleitoral de 2012. O texto foi publicado no Diário da Justiça Eleitoral desta quinta-feira (10).
Como acusação, Feijó relata que Ricardo Jorge e seus correligionários promoveram, durante o mês de junho do ano passado, convenção partidária utilizando veículos públicos para transportar eleitores e distribuíram camisas e bebidas alcoólicas durante o evento. Feijó alega que o ato praticado, além de caracterizar propaganda antecipada, se enquadraria como abuso de poder econômico.
Como defesa, a coligação de Ricardo Tenório afirma que não houve abuso do poder econômico, como entendeu também o juiz eleitoral André Guasti Motta, responsável pelo caso. O magistrado ofertou parecer pela improcedência do pedido inicial, entendendo que não houve abuso do poder econômico.
A frota
Um empresário da cidade, identificado como Carlos Melo dos Santos, seria proprietário dos veículos e confirmou, em depoimento ao juiz, que possui contrato com o Município de Boca da Mata para transportar estudantes universitários a Maceió, de segunda à sexta-feira.
No dia da convenção, em junho, Carlos Melo permitiu que a coligação de Feijó utilizasse sua frota de ônibus para transportar os eleitores à convenção.
FONTE: TRIBUNA HOJE
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