Matadouros do interior de AL não têm mínimas condições de higiene
Crianças trabalham nos matadouros limpando víceras de bois.
Animais são mortos no chão e muitos funcionários trabalham descalços.
No curral de um matadouro de São Sebastião, no interior de Alagoas, os bois são confinados para o abate. Um bezerro bem magro é encontrado no local. Mas segundo o fiscal agropecuário do estado, Francisco Tavares, o animal não deveria estar ali.
"É um animal caquético, devido até o estado da seca hoje que o estado está enfrentando. Ele não deveria ser abatido", diz o fiscal.
Mesmo com a orientação do fiscal, o bezerro é morto na frente da equipe da TV Gazeta com uma marretada. Uma técnica rudimentar que é proibida pelos órgãos sanitários e de defesa dos animais. Esta é só uma das irregularidades. Dentro do matadouro, a fiscalização encontrou pelo menos dez crianças trabalhando, o que é crime pelo estatuto da criança e do adolescente.
Uma das crianças diz que trabalha limpando "fatos" (víceras de boi) e que os pais estão em casa.
Outro problema é a falta de condições sanitárias. Os bois são mortos no chão. Adultos e crianças não usam equipamentos de segurança. São poucos os que têm botas apropriadas. Alguns estão descalços. Os porcos também são mortos a pancadas e, ainda assim, a carne é carimbada como se tivesse passado por inspeção.
"Eles estão inadequados, até porque não existe médico veterinário responsável pela inspeção do matadouro. O carimbo, infelizmente, não tem validade nenhuma", diz Francisco Tavares.
O que torna a situação ainda mais grave é que o matadouro fica ao lado do cemitério da cidade. O estabelecimento foi interditado e a prefeitura multada, já que a ela cabe oferecer condições mínimas de higiene, além de fiscalizar irregularidades, como o trabalho infantil.
Apesar disso, a carne dos cinquenta e sete animais abatidos foi levada para ser vendida em feiras e frigoríficos.
Desde o ano passado, 14 matadouros foram interditados em Alagoas e os responsáveis assinaram Termos de Ajuste de Conduta com a Procuradoria Regional do Trabalho. Em um deles, a carne era cozida ali mesmo, em latões de tinta.
"Vamos fechar todos aqueles matadouros em que os prefeitos estejam colocando a carne que estamos consumindo neste chão nojento. Caso eles reabram, serão punidos e responderão criminalmente", diz o auditor fiscal do Ministério do Trabalho, Gilberto Pereira Vasconcelos
A prefeitura de São Sebastião foi multada em R$ 100 mil. Dos 14 matadouros fechados em alagoas ano passado, cinco conseguiram fazer adequações e voltaram a funcionar. Os outros permanecem interditados. Com relação ao trabalho infantil, os fiscais notificaram o Conselho Tutelar para que haja uma investigação.
Animais são mortos no chão e muitos funcionários trabalham descalços.
No curral de um matadouro de São Sebastião, no interior de Alagoas, os bois são confinados para o abate. Um bezerro bem magro é encontrado no local. Mas segundo o fiscal agropecuário do estado, Francisco Tavares, o animal não deveria estar ali.
"É um animal caquético, devido até o estado da seca hoje que o estado está enfrentando. Ele não deveria ser abatido", diz o fiscal.
Mesmo com a orientação do fiscal, o bezerro é morto na frente da equipe da TV Gazeta com uma marretada. Uma técnica rudimentar que é proibida pelos órgãos sanitários e de defesa dos animais. Esta é só uma das irregularidades. Dentro do matadouro, a fiscalização encontrou pelo menos dez crianças trabalhando, o que é crime pelo estatuto da criança e do adolescente.
Uma das crianças diz que trabalha limpando "fatos" (víceras de boi) e que os pais estão em casa.
Outro problema é a falta de condições sanitárias. Os bois são mortos no chão. Adultos e crianças não usam equipamentos de segurança. São poucos os que têm botas apropriadas. Alguns estão descalços. Os porcos também são mortos a pancadas e, ainda assim, a carne é carimbada como se tivesse passado por inspeção.
"Eles estão inadequados, até porque não existe médico veterinário responsável pela inspeção do matadouro. O carimbo, infelizmente, não tem validade nenhuma", diz Francisco Tavares.
O que torna a situação ainda mais grave é que o matadouro fica ao lado do cemitério da cidade. O estabelecimento foi interditado e a prefeitura multada, já que a ela cabe oferecer condições mínimas de higiene, além de fiscalizar irregularidades, como o trabalho infantil.
Apesar disso, a carne dos cinquenta e sete animais abatidos foi levada para ser vendida em feiras e frigoríficos.
Desde o ano passado, 14 matadouros foram interditados em Alagoas e os responsáveis assinaram Termos de Ajuste de Conduta com a Procuradoria Regional do Trabalho. Em um deles, a carne era cozida ali mesmo, em latões de tinta.
"Vamos fechar todos aqueles matadouros em que os prefeitos estejam colocando a carne que estamos consumindo neste chão nojento. Caso eles reabram, serão punidos e responderão criminalmente", diz o auditor fiscal do Ministério do Trabalho, Gilberto Pereira Vasconcelos
A prefeitura de São Sebastião foi multada em R$ 100 mil. Dos 14 matadouros fechados em alagoas ano passado, cinco conseguiram fazer adequações e voltaram a funcionar. Os outros permanecem interditados. Com relação ao trabalho infantil, os fiscais notificaram o Conselho Tutelar para que haja uma investigação.
FONTE: G1 ASSISTA AOS VÍDEOS
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